A nossa vida é uma sucessão de ciclos: nascemos, crescemos, frequentamos a escola e quando chegamos a idade propícia, vamos trabalhar. Uns mais cedo, outros mais tarde, mas é um caminho certo em nossa vida.
Quando começamos a trabalhar, vamos ficando mais independentes, compramos o que queremos, ou ajudamos a nossa família. Mais tarde casamos e temos os nossos filhos, aí a necessidade é para eles e para nossa casa.
O tempo vai passando e o trabalho vai acompanhando o desenrolar de nossa vida e por muito tempo fica como parte integrante do nosso cotidiano, assistindo o crescimento dos nossos filhos, nossas alegrias e tristezas, vai seguindo todo o processo da nossa existência.
Atualmente, olhando para o passado, penso o quanto trabalhei. Estudei, casei, tive meus filhos e continuei lecionando e cheguei aos quarenta e dois anos de trabalho entre escritório e escola, foi muito sacrifício, mas valeu a pena!
Foi um tempo corrido, administrar a casa, cuidar dos filhos e preparar as aulas, não foi fácil e fico pensando, como dei conta de tudo isso, é incrível, mas a saúde e a juventude nos ajuda.
Agora já aposentada, estranhei muito a nova situação e fiquei ainda por dois anos fazendo um trabalho voluntário na escola em que me aposentei e fui me desligando aos poucos.
O tempo foi passando e fui percebendo que agora tudo é mais tranqüilo, o que não faço de manhã posso fazer a tarde, o que não faço hoje deixo para amanhã e assim vai a vida.
Apesar de achar bom essa folga, tem hora que me incomoda essa elasticidade do tempo, ora bolas, o tempo fica mais longo, será?
Quando estava na ativa, tinha horário para tudo, hora de levantar, fazer tudo rápido e ir para a escola, onde a troca de informações e a movimentação eram grandes. Voltava cansada, mas a cabeça funcionava direto, era muito bom!
Mas tudo passa e agora me vejo em outra etapa da vida, tudo tem o lado bom e o ruim.
O importante é buscar alternativas para não ficar parada e ter qualidade de vida. Fazer atividades que proporcionem saúde, alegria, bom humor e satisfação.
Graças aos meus pais comecei a trabalhar cedo; e como foi bom, novas amizades, experiência de vida e formação profissional, sem as quais eu não seria a pessoa que sou hoje. E viva o trabalho que nos sustenta e a aposentadoria que traz a tranquilidade que precisamos, um grande abraço!
Texto escrito por Maria Eliete / Aluna da Universidade da Terceira Idade
Universidade da Terceira Idade 